URBANLAB. 
Bienal Maia_2001 [short cut] 
www.bienaldamaia.com 
organização. Câmara Municipal da Maia  
em parceria com a Academia das Artes da Maia, Produções Culturais, E.M. 
8 junho. a 15 julho. 
 
concepção, comissariado e coordenação da produção geral do projecto:  
PAULO MENDES 
conselho de consultores.programadores: 
PAULO VINHAS 
conselho de colaboradores: 
DIDIER FIUZA FAUSTINO, FERNANDO RIBEIRO, JOÃO GRAÇA, RICARDO MATOS CABO, SANDRA VIEIRA 
director de produção:  
JOSÉ MAIA MARQUES (delegado da C.M.M.) 
produção: 
TANIA M. GUERREIRO (Lisboa) 
GISELA BARROS (Maia) 
assistentes de produção: 
INÊS JACOME , MÁRIO COSTA,  
MÁRIO JALECO, RITA BONITO 
 
Projecto de arquitectura: 
MUTE_GONÇALO FURTADO E INÊS MOREIRA 
 
 
 
 
PROJECTO. 
URBANLAB.bienal maia_2001 
data. 8 de junho a 15 julho 
 
inauguração oficial: 8 junho ás 16.30h no Forum da Maia 
inauguração da URBANLAB FACTORY [ antiga Fábrica Fimai, Zona industrial, Sector X ] ás 21.30h 
o programa inaugural inclui performances de MARIOLA BRILLOWSKA e JOÃO PEDRO VALE seguindo-se as actuações de DJs e concertos 
  
ITINERÁRIOS COMPLEMENTARES 
A designação de I.C. (ITINERÁRIO COMPLEMENTAR)  
destina-se a criar diversas áreas conceptuais de trabalho. 
 
I.C.1  
conceito a trabalhar. 
IDENTIDADE 
Conforme a dinâmica social se vai sedimentando progressivamente numa entrega total ao regime da pura exterioridade, as condições identitárias vão-se tornando itens cuja sobrevivência é sobremaneira ameaçada. O termo "indivíduo" e "colectividade" passam assim a ser remetidos para a sua faceta de absorvedores de dados, emitidos por uma cultura massificante mas fragmentária. A premência de um multi-culturalismo cumpre-se como possibilidade de ruptura e (paradoxal) continuidade de um sistema que, enquanto tal, asfixia inevitavelmente dentro dos seus próprios contornos. Se a apropriação dos fluxos do Outro acaba por conduzi-lo a uma aculturação derradeira, pela autobiografia podem as coordenadas identitárias ser localizadas e, como tal, tornadas autoconscientes, potenciando a hipótese de autonomia.  
Se a arte reflecte este sintoma, pela apresentação implacável de uma fragilidade identitária, transforma-a, no mesmo impulso, num reflexo indelével, a partir do qual são desmanteladas as camadas em falta. A premência de registos autobiográficos a partir dos anos 80, é simultânea à derrocada da noção de responsabilidade política. Se até aí a fragmentação identitária era compensada por um pensamento estruturante e até mecanicista das obras, no quadro de uma pós-modernidade esse dado perde-se de vista e qualquer enquadramento utópico e/ou crítico é tipo por falacioso, já que será estetizado e museificado de imediato. O incremento de micrologias irão desembocar em percepções intimistas, principalmente na década de 90, denotando um afastamento da impessoalidade minimalista e do conceptualismo ortodoxo, dando visibilidade a uma dimensão afectiva e um espaço háptico (de uma percepção táctil no domínio do óptico), conduzindo a uma expansão dos contornos da subjectividade e do conceito de comunidade, como Kabakov, Gonzalez-Torres, Nan Goldin ou Harmony Korine, por exemplo, bem o demonstram. 
 
PROJECTO.EXPOSIÇÃO. 
  
PROJECTO. ARTES VISUAIS & INSTALAÇÕES DE SOM. 
CRISTINA MATEUS 
DIDIER FIUZA FAUSTINO # 
FATIMAH TUGGAR 
FERNANDO BRITO 
FRANCIS ALYS 
GABRIEL OROZCO 
ISABEL CARVALHO # 
JOÃO LOURO 
JOÃO SIMÕES 
JOÃO TABARRA 
KENJI YANOBE 
KLAUS BRUNNERT 
LUIZA CUNHA 
MIGUEL LEAL # 
MIGUEL SOARES # 
PAULO MENDES 
PEDRO AMARAL # 
PEDRO CABRAL-SANTO # 
RUI SERRA 
TIM NOBLE e SUE WEBSTER 
VIC MUNIZ 
 
PROJECTO.ARTE PÚBLICA. 
INÊS PAIS # 
JOSÉ MAÇAS DE CARVALHO # 
PAULO SEABRA # 
nota. # produção de novos trabalhos ou trabalhos inéditos. 
 
PROJECTO.ESPECIAL. 
INÊS PAIS + ZZZZZZZZZZZZZZZZZP! 
Edição do CD com a banda sonora da instalação da I.P. Foundation presente na exposição Disseminações que decorreu na Culturgest no inicio de 2001. 
 
PROJECTO.COLECTIVOS. 
CALDEIRA 213 (Porto) # 
ZDB (Lisboa) # 
 
PROJECTO.ARTES PERFORMATIVAS. 
SR. FREUD, O TERCEIRO OUVIDO 
De JOÃO GALANTE 
local: Fábrica 
datas: 9 e 10 de Junho 
(dança) 
 
SR. DR. FAUSTO 
JOSÉ EDUARDO ROCHA libretto e música  
com o GRUPO ESTGAD VARÈSE 
 
Local: Fábrica 
Datas: 21 e 22 junho 
(ópera) 
 
PROJECTO.MÚSICA. 
CONCERTOS. 
18 Maio. Bar Aniki-Bóbó 
Pré-apresentação da Bienal  
Thomas Brinkmann (Alemanha) (Live) 
DJ Expander (Portugal) 
 
19 Maio. Vigo. Bar Vademecwm 
Thomas Brinkmann (Alemanha) (Live) 
 
31 Maio. Bar Aniki-Bóbó 
Marcus Schmickler (Alemanha) (Live) 
DJ Georg Odijk (Alemanha) 
 
1 Junho. Fábrica 
Burnt Friedman + Jaki Liebezeit (Alemanha) (Live) 
Pluramon (Alemanha) (Live) 
DJ Georg Odijk (Alemanha) 
 
2 Junho. Vigo. Bar Vademecwm 
Bernd Friedman + Jaki Liebezeit (Alemanha) (Live) 
Markus Schmickler (Alemanha) (Live) 
 
8 Junho. Fábrica. INAUGURAÇÃO DA BIENAL 
Colectivo Muesli (Portugal) (DJ) 
Colectivo Nortec (México) apresenta: 
Hiperboreal (Live) 
Clorofila (Live) 
DJ Pedro Tudela (Portugal) 
 
mostra gráfica das editoras / revistas: 
SUPPOSÉ / MAX ERNST / A.MUSIK / NONPLACE / KOMPAKT / PROFAN / STUDIO 1 / FREILAND / KREISEL 99 / AUFTRIEB 
 
PROJECTO.CONFERÊNCIAS. 
Conferência colectiva. FORUM da MAIA. 22 Junho 
 
Considerações sobre o projecto URBANLAB.bienal maia_2001 
PAULO MENDES (comissário geral da URBANLAB) 
GONÇALO FURTADO (co-autor do projecto de arquitectura  
da URBANLAB) 
moderador. SANDRA VIEIRA (Historiadora de arte) 
 
Conferência colectiva. FORUM da MAIA. 14 Julho 
FERNANDO JOSÉ PEREIRA (artista) 
PAULO VARELA GOMES (historiador) 
PEDRO GADANHO (arquitecto) 
moderador. DIOGO LOPES (director da Prototypo) 
 
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I.C.2 
PRÓTESE 
Sintetizando a ansiedade humana por um corpo não-mortal, a edificação de um verdadeiro pensamento protésico afirma-se como resposta a um desejo que já só pode ser propulsionado por uma dinâmica incessante e autónoma de um "corpo" metalizado. Assim como o modelo de corpo se apresenta no anonimato da fitness, também a projecção em modelos tecnológicos , como o automóvel, o avião ou de modo mais imediato, a robótica, dão conta de um modelo de corpo e de anima que se localiza, já não no humano, mas precisamente na capacidade que lhe é própria de transcender a sua mesma condição, no momento exacto em que o suicídio é o alvo e motor de desejo, como Ballard o visiona em Crash, sem deixar margem para dúvidas.  
Desmontando a pretendida totalidade protésica, em que todos os dados se cingiriam a essa condição, os artistas enfatizam a técnica do cut-up, revelando o que subjaz nesse modelo : a atomização absoluta. Quando Sterlac fabrica registos quase musicais a partir do seu "corpo" electrónico, ou Orlan expõe os processos da cirurgia plástica que a tornarão "perfeita", pela soma de partes de rostos femininos da tradição greco-latina pictórica, demonstram o quanto a noção de corpo é devedora hoje de uma acumulação de elementos tecnológicos e culturais. 
 
 
PROJECTO.EXPOSIÇÃO. 
PROJECTO ESPECIAL. 
ANTÓNIO OLAIO 
Restrospectiva do trabalho em pintura e mostra de trabalho  
em video 
 
PROJECTOS. ARTES VISUAIS & INSTALAÇÕES DE SOM 
ALEXANDRE ESTRELA  
ALICE GEIRINHAS # 
ANDREAS SERRANO 
ANDRÉ CARRILHO # 
ANTÓNIO REGO  
CLÁUDIA ULISSES # 
CHRISTIAN MARCLAY (USA) 
FERNANDO BRÍZIO 
FERNANDO RIBEIRO # 
FRANCISCO QUEIRÓS 
INEZ VAN LAMSWEERDE (HOL) 
JOÃO FONTE SANTA # 
JOÃO PEDRO VALE # 
MARIA LEONOR HIPÓLITO # 
MARIOLA BRILLOWSKA (POL) # 
NAN GOLDIN (USA) 
NUNO ALEXANDRE FERREIRA # 
OLAF BREUNNING (SUI) 
PEDRO POUSADA # 
RUTE GOMES # 
SEAN LANDERS 
SPENCER TUNNICK (USA) 
SUSANA MENDES SILVA # 
TRACEY MOFFAT 
UGO RONDIDONE 
XAVIER VEILHAN 
YASUMASA MORIMURA 
 
PROJECTO.ARTE PÚBLICA. 
MIGUEL PALMA # 
nota. # produção de novos trabalhos ou trabalhos inéditos. 
 
PROJECTO.ARTES PERFORMATIVAS. 
FIM DE PARTIDA 
De SAMUEL BECKETT 
Encenação PAULO CASTRO 
Local: Fábrica 
Datas: 15 e 16 junho 
(teatro) 
PROJECTO.MÚSICA. 
CONCERTOS 
21 Junho. Fábrica 
Floating Manual (Portugal) 
NRV (Portugal) 
Sanatorium Association (Portugal) 
 
22 Junho. Fábrica 
Christian Marclay (Estados Unidos) / Toshio Kajiwara (Estados Unidos) / Erik M. (França) 
Kubik (Portugal) 
 
PROJECTO.CICLO DE CINEMA. 
Sessões no CINEMA VENEPOR. Dia 7 Julho  
Primeira sessão. 15.00h. duração. 81 minutos 
 
L¹Homme Qui Lèche de Christian Boltanski.1969 
L¹Homme Qui Tousse de Christian Boltanski.1969 
Tout Ce Dont Je Me Souviens de Christian Boltanski.1969 
Comment Pouvons Nous Le Supporter? de Christian Boltanski.1969-70,  
Derrière La Porte de Christian Boltanski.1969-70 
La Femme Qui se Poudre  de Patrick Bokanowski.1970-72 
Reflections on Black de Stan Brakhage.1955Voyeristic  
Tendencies de Dominic Angerame.1984 
The Murder Mystery de Dietmar Brehm.1988 
Home Stories de Mathias Müller.1991 
 
Segunda sessão. 18.00h. duração. 140 minutos 
 
Ai (Love) de Takahiko Iimura.1962 /63 
Un Chant D¹Amour de Jean Genet.1950 
Normal Love de Jack Smith.1963 
 
PROJECTO.CONFERÊNCIAS 
6 junho. Faculdade de Belas-Artes do Porto 
Mariola Brillowska 
 
21 junho. Forum da Maia 
Christian Marclay 
 
 
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